Boa noite!! Hoje resolvi postar sobre esse tema tão polêmico e que foi o que mais me chamou atenção para escrever um resumo para apresentar no I FORÚM REGIONAL SOBRE DIREITO, DEMOCRACIA E DESENVOLVIMENTO: Políticas Públicas e Justiça de Gênero.
A violência contra à mulher acontece de várias formas, tais como: a física, a psicológica, a patrimonial e a violência sexual. A lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, prevê que qualquer violência contra a mulher é crime, e o autor será devidamente responsabilizado. A violência no Brasil vem crescendo assustadoramente, pois, infelizmente boa parte dos homens sentem-se na posição de dominadores. Um estudo feito pelo Juizado Especial da Violência Doméstica no Estado do Paraná, indica que acontece 7 agressões a cada 8 segundos, um dado gritante que deve ser mudado. E, de acordo com o Anuário das Mulheres de 2011, 47% das mulheres no Nordeste são violentadas na sua residência. Em nosso Estado, especificadamente em João Pessoa, a violência é constante, até Agosto desse ano, o Centro de Referência da Mulher, da Prefeitura Municipal de João Pessoa, já realizou 174 novos atendimentos. Dentre esses números, a violência psicológica é a que mais aparece, pois, é dela que se origina todas as outras violências. O atendimento feito no Centro de Referência é extremamente importante pelo fato de lá existir uma equipe multidisciplinar que vai desde a Psicóloga até uma Arte-educadora. Sendo assim, a mulher terá apoio e auxílio nas suas decisões, onde terá total esclarecimentos. Vale ressaltar que, boa parte das mulheres atendidas no Centro de Referência de João Pessoa, tem pelo menos o nível médio completo, e várias delas tem até Doutorado, então, a questão de classe social, e nível de escolaridade é observado, e percebe-se que a violência não está voltada apenas para as classes mais baixas. A mulher sente medo de denunciar por serem dependentes do marido, principalmente no âmbito financeiro, ou, até mesmo por pensarem que eles irão mudar. Um outro grande problema que enfrentamos é o desencontro de dados, infelizmente os atendimentos feitos pelo Centro de Referência e pelo Estado através da Secretária de Segurança Pública, não são os mesmos, ou até mesmo, não são contabilizados na mesma estatística, sendo assim, não há uma harmonia entre os dados. Esse grande problema de subnotificação ainda é muito frequente pelo fato de o nosso Estado ainda não ter um Juizado Especial de Violência Doméstica e familiar contra à Mulher, onde ter-se-ia profissionais preparados para o atendimento à mulher. Vamos tentar conscientizar os homens, mostrar-lhes que não é através da violência que se resolve as coisas.
Mari.